A combinação entre o status elevado das construções, o cenário econômico favorável e as altas temperaturas coloca o mercado imobiliário do litoral brasileiro em uma posição privilegiada para esta temporada, que vai até fevereiro de 2025. Especialistas preveem um crescimento expressivo nas vendas e locações, impulsionado pela procura por imóveis de alto padrão e pela valorização contínua das regiões litorâneas.
O grande volume de transações envolve tanto investidores quanto consumidores que buscam um estilo de vida longe dos barulhentos centros urbanos e mais conectado à natureza. As cidades litorâneas já atraentes para turistas brasileiros e estrangeiros, despontam como opções de moradia e investimento de longo prazo, especialmente diante da maior procura por imóveis para lazer e home office.
No litoral de São Paulo, que vai de Peruíbe a Caraguatatuba, o mercado imobiliário tem atraído investidores ao longo do ano, muitos adquirindo imóveis para dar um destino certo: investir em locação por temporada. Segundo o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana, esse tipo de investimento ganha força nos meses que antecedem o verão, com picos de aquisição em abril, maio, julho e, principalmente, em outubro e novembro.
O principal desafio, conforme Viana, é lidar com investidores experientes que buscam ofertas muito vantajosas, raras no mercado atual. “Os corretores precisam conhecer a fundo a dinâmica da região e as necessidades dos veranistas para oferecer opções lucrativas”, afirma.
De acordo com o diretor regional de Santos do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais de São Paulo (Secovi), Carlos Meschini, a região da Riviera de São Lourenço, junto com a Praia da Baleia e outras áreas do Litoral Norte, são as mais procuradas e valorizadas para compra de imóveis de veraneio. Se na maior parte do litoral de São Paulo o metro quadrado custa R$ 20 mil, em Riviera o investimento sobe para R$ 30 mil. Para aluguel, o metro quadrado, em média, custa de R$ 6 mil a 10 mil.
Essas localidades, diz ele, são conhecidas por atraírem compradores de imóveis de classe alta, famílias maiores, muitas vezes oriundas do interior do estado, com expectativa de maior faturamento e potencial de transações imobiliárias mais elevadas, especialmente durante a alta temporada. “A Riviera, em particular, tem se destacado por suas infraestruturas e praias exclusivas, sendo uma das regiões mais desejadas para investimento imobiliário e turismo”, observa.
Fonte: Estadão
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